sexta-feira, 2 de abril de 2010

O sacrifício dos outros, pelos outros



Ainda não tinha parado para pensar no que minha decisão acarretava, diretamente, na vida das outras pessoas ao meu redor.

Ai, de repente, percebi, como num passe de mágica (ou como dizem “quando a ficha cai”), o sacrifício que todos, uns mais outros menos, mas todos estão fazendo, por mim, devido a minha decisão. E não falo apenas no sacrifício do meu namorado, de ficar longe de mim por esse tempo. E não falo apenas no sacrifício financeiro dos meus pais, que estão me ajudando com uma contribuição mensal. Falo das pequenas e grandes coisas, dos pequenos e grandes sacrifícios derivados, direta ou indiretamente, da minha escolha, das minhas ações.

Falo do meu irmão, que agora tem que passear todos dos dias, pela manhã e à noite, com nosso cachorro, comprar a comida dele, cuidar, dar banho, levar pro veterinário, dá atenção pro bichinho que já ta ficando velhinho e requer mais cuidados. Isso sem falar nos finais de semana e feriados, nos quais nos revezávamos para ficar com ele. E se meu pai machucar o ombro novamente ou, por outro motivo qualquer, não puder dirigir? E se minha mãe precisar ir ao médico tomar uma injeção ou fazer uma consulta? E se algumas das nossas tias-avós precisarem ser levadas ao médico ou ao hospital? E para dar atenção e cuidado à nossa afilhada? Meu irmão terá que fazer tudo isso só? Isso é justo? Antes, nós dividíamos essas tarefas. Agora, está tudo nas costas dele, sob responsabilidade dele.

E meu irmão está fazendo esses sacrifícios por mim.

Falo do sacrifício de minhas amigas e meus amigos mais próximas, que sempre contaram (e podem continuar contando) comigo. Mas eu era o ombro e o colo presente. A carona na hora que precisava, o ouvido sempre disponível e o sorriso pronto para garantir um minuto de alegria. Agora, não estou presente, fisicamente falando, nesses momentos. E por mais que a tecnologia tenha avançado na interação e comunicação, nada substitui, ainda (e acredito que nunca conseguirá) o contato face a face, próximo, direto. O toque das mãos, o abraço, o calor do corpo.

E meus amigos estão fazendo esses sacrifícios por mim.

Meu namorado não quer comprar mais nada para seu apartamento, do qual mora só e é dono absoluto do mesmo (embora ele dirá que o dono é o banco), porque quer a minha presença, a minha opinião ou, talvez mais importante, a minha participação nessas escolhas. E a feira, a arrumação da casa e os almoços nos finais de semana? Meu namorado fará só? E por falar nos finais de semana... a semana até podia ser de cada um, com seus trabalhos e afazeres, aulas, pendências para resolver. Mas o final de semana sempre foi sagrado para os dois. Sempre foi dos dois. E agora, Será só dele, de um lado, e só meu, do outro? Por esse período não será mais dos dois juntos?

E meu namorado está fazendo esses sacrifícios por mim.

Meus pais já não jantam mais toda noite comigo. Não podemos mais conversar longamente, nem assistir a TV, brigando para ver se assistimos alguma série americana (Friends, Two and a Half Men, CSI, HOUSE), algum filme (James Bond!!!), ou se vamos ver o jogo (onde sempre faço comentários sobre a partida que deixa meu pai todo orgulhoso) ou se vamos ver o jornal, também permeado por comentários da filha jornalista, que adora criticar o tratamento dado por certas emissoras a certas notícias! E os não tão eventuais passeios na sexta à tarde com minha mãe? Ela não fará mais? E quando comprar uma roupa nova, uma sandália linda na promoção, não terá mais a quem mostrar?

E meus pais estão fazendo esses sacrifícios por mim.

Que tipo de decisão é essa que uma única pessoa toma, mas que repercute em tantas outras, a contragosto ou não desses outros? No mínimo, a revelia, pois não tiveram escolha, direito a decisão. Talvez uma sugestão, uma opinião, mas não a escolha final.

Por tudo isso, só tenho uma coisa a dizer: MUITO OBRIGADA A TODOS!

quarta-feira, 3 de março de 2010

O presente é tão grande

Cidade nova... mudanças, medo do novo, do inesperado

Isso sem falar na saudade de quem tá longe. Já me disseram aqui que to presente apenas em corpo, não em alma. É... talvez minha alma tenha ficado por lá... debaixo do lençol da cama de solteiro mais gostosa do mundo.

Mas por enquanto as coisas estão tranquilas. Estou bem, apenas do choro diário (que faço de tudo para não durar muito) Não posso ficar pensando no que"deixei" para trás, mas naquilo que me aguarda a frente. Preciso me preparar para isso.

Porque na verdade não deixei nada para trás. Esta tudo aqui comigo, dentro de mim, naquilo que sou hoje. E tenho a ceteza que tudo isso e todos esses estarão comigo em cada passo, em cada conquista e em cada tropeço... e certamente em cada levantar pra começar de novo.

É isso...

E como diria Drumond: "O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas".

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

2010: Vida nova?



Pois é...

muito tempo sem escrever aqui... na verdade, nem sei porque estou escrevendo, mas, aqui vamos nós.

A vida deu uma guinada nos últimos meses. Decisões difíceis foram tomadas, muita lágrima e muito riso.

Pode parecer clichê, mas 2010 me reserva coisas novas mesmo: nova cidade, nova condição social, novas demandas, novas expectativas (mas os mesmos velhos sonhos, até porque nem tudo pode mudar, né verdade?!)

Se essas coisas serão boas ou não, esse é o mistério.

De toda forma, parece que a vida só começa mesmo depois do carnaval! Por enquanto, é arrumar as coisas para estar pronta, preparada... apesar de nunca estarmos plenamente prontos para nada!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Turning Point


Sabe quando chega um ponto na vida que você sente que é crucial, que a decisão que você tomar naquele momento vai repercutir de forma determinante em sua vida dali pra frente? Pois eu acho que passamos por vários desses momentos durante toda a nossa trajetória. Já tive muitos e sinto que mais um chegou.

Muita coisa está em jogo... e tento pensar de forma racional, ponderar e analisar com calma e sem me entregar demais aos sentimentos. Mas está difícil.

Acho que esses momentos nos trazem, além de toda a indecisão, confusão, incertezas, angustias, etc, etc, etc, trazem também um sentimento de ansiedade, de pressa, de querer que tudo já estivesse resolvido, encaminhado, pronto. Quer dizer, será que sou só eu que se sente assim nesses “turning point”?

E ao mesmo tempo são tantas coisas para pensar e fazer, e tão pouco tempo. Será que consigo? Será que está na hora? será que é isso mesmo?

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Voltei!


VOLTEI!


Uma grande amiga (das melhores) vai se casar no próximo ano e fez um blog pra gente poder ir acompanhando os preparativos (e ajudar tb, né?!). Assim, resolvi voltar pra cá pra acompanhar o blog dela de forma mais participativa e aproveito pra ver se consigo atualizar esse blog (que ainda não achou se propósito, mas to chegando).



Beijão.

Lua.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

por falar em lua...

Vocês viram a Lua essa semana?


Linda... redonda... luminosa!!!!


Então, aproveitem que hoje é sexta e a Lua tá linda e se inspirem!!!!!


Bom final de semana para todos!

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

LUA CHEIA

A Lua sempre foi inspiração para muitos poetas, compositores e românticos de plantão... isso sem falar dos bêbados, boêmios e cachorros que vagam pelas noites.

Essa música de Chico Buarque retrata um pouco isso. E o nome não poderia ser outro: LUA CHEIA.

Segue a letra e um link para um videozinho. Não é Chico cantando (não chega nem perto), mas dá pra ter noção da música!

Espero que gostem...

http://www.youtube.com/watch?v=tSPwS4JSQEs


Lua Cheia
Chico Buarque

Ninguém vai chegar do mar
Nem vai me levar daqui
Nem vai calar minha viola que desconsola,
Chora notas pra ninguém ouvir
Minha voz ficou na espreita, na espera,
Quisera abrir meu peito, cantar feliz
Preparei para você uma lua cheia
E você não veio, e você não quis
Meu violão ficou tão triste, pudera,
Quem dera abrir janelas, fazer serão
Mas você me navegou mares tão diversos
E eu fiquei sem versos, e eu fiquei em vão